terça-feira, 10 de junho de 2008

Substância pode acabar com vício em álcool ao atuar sobre o cérebro


Fator de crescimento de origem natural foi injetado no tecido neuronal de ratos.
Roedores não voltaram a beber álcool mesmo depois de viciados, afirma estudoPesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco (Costa Oeste dos EUA) tornaram realidade o que provavelmente é o sonho de todas as pessoas que já tiveram um alcoólatra na família: acabar com o vício em álcool com uma única injeção. Por enquanto, o feito só aconteceu em ratos, mas o trabalho traz esperanças de que seja possível conseguir o mesmo com pacientes humanos.A substância responsável pelo aparente milagre é conhecida pela sigla GDNF. Trata-se de um fator de crescimento essencial para a formação dos rins e dos neurônios motores (responsáveis pelos movimentos do corpo), além de atuar diretamente sobre o cérebro. Além disso, o GDNF também pode estar envolvido com a região do cérebro que é afetada pelo vício em álcool e outras drogas, como cocaína e morfina.
Na pesquisa, os pesquisadores da Califórnia, liderados por Sebastien Carnicella, usaram microinjeções de GDNF nessa região e observaram que a substância fazia com que os ratos diminuíssem sua ingestão de álcool. Ratos que anteriormente tinham sido viciados na bebida não voltavam a tomá-la mesmo com oferta abundante se tinham recebido as injeções. No entanto, os bichos não deixavam de gostar de açúcar, o que sugere que o GDNF não interfere na capacidade geral dos bichos de sentir prazer.
A esperança, agora, é tentar trasferir os achados para humanos. A pesquisa está na edição desta semana da revista científica americana "PNAS".

Ômega-3 pode reduzir risco de doença no olho, diz estudo


Comer alimentos ricos em ômega-3, como peixes oleosos, pode ajudar a evitar uma das causas mais comuns de perda de visão, segundo um estudo divulgado na publicação científica Archives of Ophthalmology
O estudo sugere que o ômega-3 pode reduzir em um terço o risco de desenvolver uma doença conhecida como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), na qual ocorre um crescimento anormal dos vasos sanguíneos sob a retina.
A mácula é afetada, e o resultado é a queda súbita ou progressiva da visão central.
Pessoas com o problema, geralmente acima dos 60 anos, perdem a habilidade de ver em detalhe e, em casos severos, podem ser registradas como cegas, apesar de ainda terem uma visão periférica.

Dieta
O estudo da Universidade de Melbourne analisou o resultado de nove pesquisas prévias sobre o ácido graxo ômega-3 e a DMRI, envolvendo um total de 88.974 participantes, incluindo mais de 3 mil com a doença.
A adição dos resultados de diferentes estudos dá mais força estatística às conclusões.
Segundo a análise, comer peixe duas vezes por semana foi associado a uma redução no risco de se contrair DMRI.
Uma redução de 38% no risco foi verificada nos que comiam mais ômega-3 em comparação aos que comiam a menor quantidade.
A pesquisadora Elaine Chong, que liderou a pesquisa, disse que o ômega-3 é um componente vital da retina.
Por isso, segundo ela, é possível que uma falta do ácido graxo possa "iniciar" a doença, já que as células da retina são constantemente renovadas.
No entanto, o estudo não chega a recomendar uma mudança na dieta. Segundo os cientistas, as pesquisas analisadas não foram feitas com o objetivo de oferecer provas sólidas que sustentem uma recomendação desse tipo.
"Apesar de essa análise dos estudos sugerir que o consumo de peixes e outros alimentos ricos em ômega-3 pode estar associado a um menor risco de desenvolver DMRI, não há evidência suficiente nos estudos atuais - e nenhum experimento médico aleatório - para recomendar o consumo de ômega-3 para prevenir a doença", afirmou Chong.

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

vigilancia

Com cada vez mais sonegação e adulteração de medicamentos a avinsa agora vai vigiar de pertos todos os medicamentos fazendo um controle desde a linha de produção ate as fabricas.
veja em:

terça-feira, 20 de maio de 2008

Diabéticos impotentes 'são mais propensos a ter doenças cardíacas'


Homens diabéticos que sofrem de disfunção erétil podem correr mais riscos de desenvolver doenças cardíacas, sugere um estudo realizado na Universidade de Hong Kong, na China.
Os cientistas constataram que diabéticos com problemas para obter uma ereção do pênis eram duas vezes mais propensos a desenvolver problemas no coração.
Na raiz dos dois problemas - impotência e problemas cardíacos - estariam danos nos vasos sangüíneos provocados pelo alto nível de açúcar no sangue.
Para realizar a pesquisa, a equipe recrutou 2,3 mil homens diabéticos - cerca de 25% deles sofriam de disfunção erétil e nenhum tinha histórico de doenças cardíacas.
A equipe avaliou os participantes durante um período de quatro anos e os resultados revelam que 123 dos homens apresentaram disfunções cardíacas: alguns sofreram ataques cardíacos, outros morreram por doenças do coração, desenvolveram dores no peito por conta de artérias bloqueadas ou precisaram de marcapasso ou cateterismo.
De acordo com o estudo, os homens que apresentavam disfunção erétil corriam duas vezes mais risco de entrar para este grupo do que aqueles com um desempenho sexual normal.
Alerta
"O desenvolvimento da disfunção erétil deve alertar os pacientes e os especialistas em doenças do coração sobre o risco de desenvolver doenças cardíacas", disse Peter Chun-Yip Tong, que liderou o estudo, publicado na edição desta semana da revista científica Journal of the American College of Cardiology.
Segundo ele, o alto nível de açúcar no sangue pode causar inflamação na superfície interna das veias - o que poderia levar à arteriosclerose e a problemas no tecido arterial do coração e das artérias que levam o sangue ao pênis.
Robert Kloner, professor de medicina na Keck School, na Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos, a pesquisa realizada na China é "importante".
"Os homens devem saber que a disfunção erétil é um alerta verdadeiro para o desenvolvimento de doenças cardíacas arterioscleróticas", disse Kloner.
Tratamento
Em um segundo estudo, realizado em quatro centros médicos na Itália, os resultados da pesquisa realizada em Hong Kong foram reforçados.
O estudo italiano analisou 300 pacientes que sofriam de diabetes e apresentavam doenças cardíacas em estágio inicial, dos quais 118 sofriam de disfunção erétil.
Depois de quatro anos de avaliação, os cientistas italianos identificaram que os voluntários com disfunção erétil corriam duas vezes mais risco de sofrer "um grande problema cardíaco", como um ataque ou infarto.
Um porta-voz da British Heart Foundation (BHF), fundação dedicada à pesquisa de doenças cardíacas, afirmou que homens que sofrem de disfunção erétil devem procurar um médico.
"Infelizmente, muitos homens com disfunção erétil ignoram o problema e não procuram ajuda e apoio. Identificar e reportar a disfunção pode ajudá-los a ter acesso a exames e tratamentos que irão diminuir os riscos de terem um ataque cardíaco ou um infarto", aconselhou o porta-voz.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

MINHA HOMENAGEM AO DIA DO ENFERMEIRO


A ti enfermeiro[a]s dedico com carinho este poema, neste teu dia, e nesta tua semana que termina dia 16
. Agradeço em nome de todos, a vocês,abnegados e valorosos soldadoss da luta pela vida. Salve FLORENCE NIGHTINGALE, E HURRA PARA ANA NERY heroina e falecida em 20/05, NO CAMPO DE BATALHA. bJS ARY

Ary Bueno [ O Principe dos poemas e do amor ]

Dia 12 de Maio, um dia consagrado a uma das mais nobre profissão
Em que encontramos pessoas doces, que trabalham com amor e dedicação
Estou falando de uma categoria de alto nivel, aonde se usa em muito o amor
Amor que se espalha a quem dela se serve, para mitigar sua carência, aliviar sua dor

Falo com ternura, com meiquice, com prazer, deste anjo vestido de branco
Que abraçou a nobre profissão, com carinho com dedicação, com desvelo, com encanto
São as[os] ENFERMEIRAS [OS], que no mundo todo, trabalham, sofrem, se sacrificam tanto...tanto
Muitas vezes mal remunerada [os], mais mesmo assim se entregam ao trabalho, em todo canto

Deixando as vezes seus familiares queridos, para dar seu plantão, seu quinhão na luta contra o mal
Que atinge pessoas, em casa particular, nos asilos, nas creches, em empresas, e em hospital
Aonde elas[es], as vezes com dor tambem, com familiares sofrendo algum mal, atende ao paciente
Cumprem seu dever, sua missão nobre, com o coração a alma, e a mente, sempre contente

Sofrem demais, a dor da perda de alguém sobre sua guarda, sobre seus cuidados, sobre sua proteção
É ela[e], a[o] ENFERMEIRA[O], que ajuda na cura, que ampara espiritualmente, que ao sofredor sempre estende a mão
Como se fosse uma mão abençoada, guiada pelo sublime Doutor que habita o céu, com amor no coração
A todos acode, com presteza e carinho, quando surge alguma dor inesperada, aplicando a medicação

ENFERMEIRA[O], neste teu dia, quero agradecer a ti pelo teu desvelo, pela tua missão de dar conforto
Por auxiliar quem de ti precisa, por amparar os familiares, quando um dos pacientes esta morto
É você que trabalha, fazendo o serviço de apoio, como instrumentalista, como vigia ao doente
Como aplicador[a] de medicamentos injetaveis, como uma luz que ilumina, amparando de forma patente

Não deixando passar falta de nada ao seu doente, nunca demonstrando seu cansaço, sua preocupação
Mais sim transmitindo alegria, brincando, ajudando quem sofre, a ter uma rapida e feliz recuperação
Assim neste dia, a ti consagrado, te dou os parabéns, e a Deus peço que te de sempre sua benção
Porque você ENFERMEIRA[O], nos da seu carinho, sua dedicação, sua renuncia, e todo este imenso amor que tens pela tua profissão.

Obrigado anjo de branco, que Deus nos colocou aqui na terra, para nos guiar, e nos auxiliar
Que todos teus dias sejam de paz. ternura e amor, aqui hoje faço estes versos com muito ardor
E com respeito e ternura, a toda[o]s vocês quero ofertar, juntamente com meu respeitoso beijar
Porque voces, todos os dias merecem nossos agradecimentos, nossos respeito e nosso amor.

DNA de ornitorrinco pode inspirar novos antibióticos e analgésicos, diz cientista


Animal produz substâncias poderosas para proteger recém-nascidos de infecções.
Veneno em espora do mamífero australiano também tem moléculas com bom potencial.Moléculas inspiradas no mais esquisitão dos mamíferos podem chegar, no futuro não muito distante, a uma farmácia perto de você. Essa é a aposta dos pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, que trabalharam no projeto que decifrou o genoma do ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus). Quem achava que esse bicho felpudo, com bico de pato e rabo de castor não passava de curiosidade pode acabar se surpreendendo com antibióticos e até analgésicos baseados no DNA da criatura.
A aposta é de Camilla Whittington, da Faculdade de Ciência Veterinária da Universidade de Sydney. Ela é uma das autoras do estudo internacional sobre o genoma do ornitorrinco, publicado na última semana na revista científica britânica "Nature". Whittington contou ao G1 que uma das chaves do potencial biomédico do mamífero é o fato de que seus filhotes nascem de ovos.
Para ser mais exato, após a fecundação, eles passam pouco mais de 20 dias no útero da mãe e depois são chocados por mais dez dias fora do corpo dela antes do nascimento. Isso significa que os bichinhos precisam completar a maior parte de seu desenvolvimento fora do organismo materno. "Eles acabam nascendo sem sistema imune [o arsenal de defesa do organismo contra infecções]", diz a pesquisadora australiana.
"Nós estamos nos concentrando nos genes que codificam os chamados peptídios antimicrobianos, que são uma espécie de antibiótico natural", explica Whittington. "Acreditamos que eles protejam os pequenos ornitorrincos de micróbios que existem em seu ambiente. Já identificamos cerca de 20 desses genes, e esperamos que eles possam levar ao desenvolvimento de antibióticos inovadores e potentes. Talvez eles possam até combater as bactérias resistentes a múltiplas drogas que andam surgindo", afirma ela.

Veneno útil
O veneno que existe em uma espécie de espora do animal também está fascinando os pesquisadores. Vários remédios -- contra problemas cardíacos, por exemplo -- já foram criados a partir do veneno de cobras, e o do ornitorrinco pode seguir essa trilha. Whittington conta que as pessoas picadas pelo bicho apresentam uma série curiosa de sintomas, como inchaços enormes e uma dor que os analgésicos normais não resolve.
"Ainda temos muito o que aprender sobre ele, já que há muitas substâncias ali que nem identificamos ainda, mas temos muita esperança de que elas podem levar ao desenvolvimento de novos medicamentos, especialmente novos tipos de analgésico", afirma ela.

Antidepressivo pode ajudar contra câncer e HIV, diz estudo


Medicamentos aumentUm estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que os antidepressivos podem ajudar o sistema imunológico a lutar contra doenças graves, como câncer e HIV/Aids.
Os cientistas da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, afirmam que as células brancas - que uma vez instaladas em células infectadas provocam sua autodestruição - podem ser mais eficazes sob o efeito de antidepressivos.A pesquisa foi motivada por estudos anteriores que concluíram que o estresse e a depressão podem acelerar os malefícios do câncer e do vírus HIV.
Para testar a hipótese de que os antidepressivos podem ajudar no combate dessas doenças, os especialistas recrutaram um grupo de mulheres infectadas com o vírus HIV. Algumas apresentavam quadro depressivo e outras não.
As voluntárias foram tratadas com três medicamentos contra depressão e estresse.
Dois deles, o citaloprama e a antagonista de substância P CP - 96345, aumentaram a atividade das células do sistema imunológico. Já o terceiro antidepressivo, o esteróide RU 486, não produziu efeitos.
"A pesquisa nos fornece evidências de que as funções das células de defesa podem ser ampliadas sob o efeito de inibidores específicos da recaptação da serotonina em pacientes depressivos e não-depressivos", disse o coordenador da pesquisa, Dwight Evans.
O estudo foi publicado na revista especializada Biological Psychiatry.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Pais desconhecem benefícios de vacinar meninas contra o HPV


Imunização é recomendada logo antes do início da vida sexual das jovens.
Prática, no entanto, esbarra na não-aceitação dos pais da sexualidade das filhas.
A liberação pelas autoridades sanitárias da vacina contra o HPV trouxe grande esperança na diminuição do número de casos de câncer do colo do útero. Essa doença maligna é uma das mais comuns nas mulheres dos países em desenvolvimento e custou a vida de mais de 250 mil mulheres em 2005, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A infecção por dois tipos desse vírus está envolvida em 70% dos casos de câncer de colo de útero.
Luís Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN
Por conta de todos esses números, a chegada de uma vacina eficiente contra esses dois sorotipos trouxe esperança na diminuição do número de casos desse tumor.
A vacina se mostrou muito eficiente na prevenção da infecção pelo HPV em mulheres que nunca haviam tido contato com o vírus. A partir desses resultados a vacinação foi orientada para o período imediatamente antes do início da vida sexual.
Como essa iniciação no mundo ocidental vêm se tornando cada vez mais precoce, a vacinação passou a ser indicada para meninas entre os 9 e 13 anos de idade. Porém justamente por conta do período da indicação, a vacinação de meninas tão jovens trouxe preocupações aos pais. Agora, quase dois anos após o lançamento comercial da vacina começam a aparecer pesquisas que documentam a aceitação das orientações da utlização da vacina. Uma pesquisa inglesa, publicada na revista British Medical Journal, estudou a aceitação da vacinação contra o HPV no Reino Unido.
O trabalho cientifico observou o comportamento de quase 3 mil meninas com idades entre 12 e 13 anos. A vacina foi oferecida através de programas escolares de imunização. Os registros mostraram que apenas cerca de 70% das jovens compareceu para a primeira dose da vacina e esse número caiu para cerca de 65% na segunda dose.Um aspecto importante da pesquisa foi a constatação de que as meninas que vinham de famílias menos favorecidas eram menos propensas a cumprir o esquema vacinal. E os pais dessas meninas revelaram que não tinham recebido informações suficientes sobre a vacina e sua importância. Dados semelhantes foram obtidos nos Estados Unidos e apresentados na Reunião da Academia Americana de Pediatria em Honolulu, no Havaí. Uma pesquisa avaliou a intenção de vacinar as filhas, contra o HPV, em um grupo de mais de 10 mil mulheres.Os dados levantados mostraram que apenas 48% das mães pretendiam vacinar suas filhas na idade indicada pela OMS, esse número subia até 86% quando a as crianças tinham idade entre 16 e 18 anos. A questão que se coloca é que talvez essas meninas já tenham vida sexual e a vacina poderia nào ter o efeito protetor desejado.
No Brasil a vacina contra o HPV, por enquanto, só está disponivel na rede privada, embora existam estudos para sua incorporação ao Programa Nacional de Imunização, brevemente. O que as pesquisas mostram é que ainda existe desinformação quanto à vacinação contra o HPV, mesmo nos países desenvolvidos. O assunto envolve preconceitos e convicções pessoais no que diz respeito à vida sexual das filhas.
O tema deveria ser discutido com respeito e liberdade, e todos devem ter em mente que existem implicações de saúde muito mais graves do que qualquer consideração simplesmente moral.
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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Universidade desenvolve teste para diagnosticar dengue em 3 minutos


Velocidade do exame pode salvar vidas.
Análise deverá custar cinqüenta centavos.
Um novo tipo de exame, capaz de diagnosticar a dengue em poucos minutos, foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco. Essa rapidez é fundamental para salvar vidas.
As pesquisas começaram há dois anos no Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco. O material usado é uma nanopartícula fluorescente, um líquido que adicionado a uma amostra do DNA extraído do sangue do paciente vai apontar a existência ou não do vírus.
A grande vantagem desse teste é a rapidez no diagnóstico. Enquanto os testes tradicionais levam alguns dias para saber se o paciente está ou não com dengue, com ele o resultado sai em três minutos.
O professor Celso Melo, coordenador da pesquisa, já patenteou o novo método de diagnóstico, que pode servir não só para a dengue, mas também para identificar o DNA de qualquer vírus ou bactéria.
O teste pode custar em torno de cinqüenta centavos. O investimento maior seria na compra de um microscópio apropriado.
“Esse teste poderia dizer se o paciente está infectado e o subtipo da dengue que ele estaria contaminado”, explica o professor.
O exame precisa da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para a infectologista do Hospital das Clínicas de Pernambuco, Vera Magalhães, diagnosticar a dengue de forma mais rápida pode significar um grande avanço no combate à doença.
“Na área pediátrica a dengue pode ser confundida com outras viroses, então é importante diagnosticar a dengue logo no início do quadro”, explica.
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terça-feira, 15 de abril de 2008

Heparina da Baxter retirada nos Estados Unidos não foi comercializada no Brasil


O MEDICAMENTO FOI RETIRADO POR ESTAR RELACIONADO A REAÇÕES ALÉRGICAS

A Baxter Healthcare Corporation anunciou, em 11 de fevereiro, a suspensão temporária da fabricação de frascos multi-doses do medicamento anticoagulante, heparina injetável, devido a notificações de reações alérgicas graves e hipotensão em pacientes que receberam altas doses do medicamento in bolus nos Estados Unidos, não envolvendo o Brasil.
A heparina sódica é derivada de intestinos de suínos e é comercializada nos Estados Unidos desde os anos 30. Milhões de pacientes são beneficiados a cada ano pela administração endovenosa deste medicamento, com o fim de evitar coágulos sanguíneos com risco de vida, nas veias, artérias e pulmões.
As reações graves notificadas nos Estados Unidos incluíram: dificuldade respiratória, náusea, vômito, suor excessivo, e diminuição rápida da pressão sanguínea podendo levar a choque com risco de vida. Quatro pessoas morreram após receber a heparina, apesar de a relação com o medicamento não estar clara.
O FDA concordou com a decisão da Baxter de interromper a fabricação de frascos multi-doses da heparina, e conduz uma investigação rigorosa para determinar a causa destas reações adversas graves associadas com o uso da heparina produzida pela Baxter.
No Brasil, a Anvisa foi notificada pela Baxter de que os lotes envolvidos nos casos americanos não foram distribuídos ou comercializados no país. As ações de recolhimento do medicamento foram restritas aos Estados Unidos e a Porto Rico.
Sendo assim, os pacientes ou profissionais de saúde que utilizam o medicamento não devem se preocupar com a segurança do mesmo, e seu uso pode ser continuado sem problemas.
A heparina é normalmente utilizada antes de algumas cirurgias, incluindo cirurgia de ponte da artéria coronariana, e em pacientes com comprometimento renal antes de se submeterem à diálise. Em algumas situações, o tratamento com a heparina é iniciado com altas doses in bolus, administradas diretamente na corrente sanguínea, por um curto período de tempo, normalmente menos de uma hora. As reações adversas notificadas ocorreram em pacientes que receberam a heparina com este tipo de administração. Existem muitos outros usos da heparina que envolvem doses menores, ou uma administração por um longo período de tempo, os eventos adversos não foram observados nestes casos.
No FDA foram recebidas, desde o final do ano passado, notificações de cerca de 350 eventos adversos associados com o uso desse produto, sendo que em 2007 houve menos de 100 notificações. A maioria dos eventos ocorreu em centros de hemodiálise e quase todos os pacientes receberam a dose in bolus.
No Brasil, o banco de dados da Gerência de Farmacovigilância acumulou um total 40 de notificações suspeita de reações adversas relacionadas com o uso de heparina, no período de 2000 a 2008, nenhuma delas era referente à heparina produzida pela Baxter. As notificações acumuladas pela Gerência de Farmacovigilância não sugeriram um sinal que demandasse uma ação sanitária.
Na busca pela promoção do uso correto e seguro dos medicamentos, a Gerência de Farmacovigilância divulga essa informação e solicita aos profissionais de saúde que notifiquem a suspeita de reações adversas similares a estas (e todas as suspeitas de reações adversas graves a qualquer medicamento ou aquelas que não estejam descritas na bula) por meio do sistema Notivisa.

Chega ao Brasil medicamento que auxilia na redução da gordura intrabdominal


Pesquisadores alertam para a necessidade da indicação correta do remédio.
Seleção dos pacientes é a chave para evitar problemasQuase um ano após a aprovação dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), começa a comercialização do rimonabanto no Brasil. O medicamento, que traz o nome comercial de Acomplia, já está em uso nos países da União Européia desde 2006.
O rimonabanto é o primeiro medicamento desenvolvido para atuar no sistema endocanabinóide, ligado ao balanço energético e ao acúmulo de gordura no corpo humano. No inicio dos anos 1960, cientistas descobriram um sistema de regulação orgânica que é capaz de interferir na quantidade de energia que é ingerida e gasta pelo corpo, agindo sobre o metabolismo da glicose das gorduras.
Os receptores desse sistema estão localizados no cérebro, tecido adiposo, fígado, músculos e tubo digestivo. O mecansimo de atuação dos receptores do sistema endocanabinóide é capaz de modular a entrada de glicose nas células, a produção de gordura no fígado e a sensação de saciedade no tubo digestivo.

Sinalizadores

A descoberta dos receptores nas células permitiu a identificação das substâncias químicas que sinalizam como deve funcionar o sistema. Elas são chamadas de agonistas para os receptores CB1 e CB2.
A partir daí, os cientistas começaram a imaginar que uma outra substância poderia bloquear a ação dos agonistas e, assim fazendo, modificaria o padrão de saciedade, diminuindo a ingestão de comida. Ela também atuaria sobre o metabolismo da glicose, ajudando o controle dos níveis de açúcar no sangue, cruciais para os diabéticos. E, além desses fatores, poderia melhorar o perfil de gorduras no sangue das pessoas.
O rimonabanto foi descoberto somente em 1994, e começaram o estudos para avaliar a segurança e eficácia de sua utilização. O objetivo foi comprovar se o bloqueio dos receptores do sistema endocanabinóide poderia melhorar os fatores de risco para doença cardiovascular e diabetes a partir de um melhor metabolismo do açúcar e equilibrando o balanço energético.
Estudos clínicos
Foram realizados até agora mais de 50 estudos clínicos, que envolveram mais de 16 mil pacientes. Os resultados do ponto de vista metabólico têm sido animadores. Os pacientes perdem peso, diminuem a circunferência abdominal e melhoram seu perfil de gorduras no sangue.
Esses estudos permitiram sua liberação na Europa, no Brasil e em outros países do mundo. Segundo a empresa fabricante, mais de meio milhão de pacientes já fez uso do remédio. O Brasil participou de vários desses estudos e de outros que estão em andamento, coordenados através de centros de pesquisa universitários.
Por ser um medicamento que também atua no cérebro, durante os estudos clínicos vários efeitos adversos psiquícos foram descritos, especialmente ansiedade e depressão, que cessavam após a parada do uso do medicamento. Além desses efeitos indesejáveis ocorreram naúseas e tonteiras.
Daí a preocupação dos pesquidadores brasileiros que participaram dos estudos em alertar a todos que o medicamento têm um público alvo e somente para esse público alvo o padrão de segurança se mostrou aceitável nas pesquisas. E quem são esses indivíduos?

Obesos

São pacientes que estão com índice de massa corporal igual ou maior a 30 ou pacientes que têm índice de massa corporal acima de 27, porém também apresentam fatores de risco como diabetes tipo 2 ou alterações dos niveis de gordura no sangue. O medicamento é contra-indicado para pacientes que estejam em depressão ou em tratamento com antidepressivos. Além deles, pessoas com histórico de doenças psiquiátricas devem evitar usar o remédio.
A comercialização do medicamento deverá seguir as normas da Anvisa e sua venda será controlada pelas autoridades através da utilização de receituário específico pelo médico. Outro alerta foi o de que não existe a possibilidade de que o remédio original seja vendido através de farmácias de manipulação. O custo estimado pelo fabricante deverá ficar em R$ 225 por uma caixa que serve para 28 dias de tratamento.
Diante da epidemia de obesidade e doença cardiovascular enfrentada pelo mundo ocidental, esse medicamento pode ser uma ferramenta importante para ajudar no controle dos fatores de risco, desde que aplicado aos pacientes com critério e somente nas indicações precisas. Não corra riscos, nunca utlize medicação sem orientação médica.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Cafeína pode reduzir risco de Alzheimer, diz estudo


Pesquisa sugere que cafeína protege o cérebro contra substâncias químicas danosas
cafeína pode proteger o cérebro contra os danos causados por dietas ricas em colesterol e prevenir doenças como o mal de Alzheimer, sugere um estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica Journal of Neuroinflammation.
Segundo a pesquisa, a cafeína reforça a barreira sangüínea do cérebro - estrutura que protege o sistema nervoso central contra substâncias químicas presentes no sangue. Estudos anteriores haviam mostrado que um nível alto de colesterol no sangue prejudica o isolamento da barreira, o que, segundo especialistas em Alzheimer, tornaria o cérebro mais vulnerável a danos que podem causar ou estimular a doença.
A equipe de pesquisadores da Universidade de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, alimentou coelhos com uma dieta rica em colesterol e dividiu os animais em dois grupos - um recebeu o equivalente a uma xícara de café diária e o outro não recebeu nenhuma dose de cafeína.
Depois de 12 semanas, os pesquisadores realizaram vários exames nos coelhos e identificaram que a barreira sangüínea daqueles que haviam ingerido cafeína tinha sido menos danificada pelo nível de colesterol do que a dos outros animais.

Alzheimer

Segundo Jonathan Geiger, que liderou o estudo, os resultados ajudariam a explicar porque o colesterol é um fator de risco para o mal de Alzheimer e como a cafeína pode ser usada no tratamento.
"A cafeína parece bloquear os efeitos danosos do colesterol que prejudicam o isolamento da barreira sangüínea", disse. "É uma droga segura e disponível e sua habilidade de estabilizar a barreira sangüínea no cérebro significa que a substância pode ter um papel importante no tratamento de problemas neurológicos", concluiu o pesquisador.
De acordo com a chefe de pesquisa da organização britânica Alzheimer Disease Society, Susanne Sorensen, o estudo traz informações importantes sobre os benefícios da cafeína na prevenção da doença.
"Esta é a melhor prova de que uma quantidade de cafeína equivalente a uma xícara de café por dia pode proteger o cérebro contra o colesterol", afirmou Sorensen.
Apesar disso, ela afirma que mais pesquisas são necessárias para avaliar se o impacto da ingestão de cafeína também pode ser observado em humanos.

Cientistas desenvolvem 'pílula contra o ronco'


Remédio está sendo testado para tratar a apnéia do sono, doença que leva ao ronco.

Cientistas americanos podem estar perto de desenvolver uma pílula contra a apnéia do sono, uma doença que causa o ronco.
A apnéia do sono é caracterizada por uma parada da respiração de dez segundos ou mais durante o sono que compromete a oxigenação do organismo. Isso pode acontecer cinco vezes ou mais a cada hora de sono.
O ronco é simplesmente a tradução sonora indicando que há uma diminuição ou estreitamento da via aérea durante a passagem do ar.
A pílula, conhecida ainda pelo código BGC20-0166, é uma combinação de dois remédios já existentes e age ao afetar áreas do cérebro associadas ao aumento de tonificação dos músculos e fluxo do ar nas vias respiratórias.
A BGC20-0166 está sendo desenvolvida pela empresa BTG, com sede na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.
Os primeiros testes envolveram 39 pessoas que sofrem da apnéia do sono. Os participantes foram divididos em grupos. Cada grupo recebeu uma dose diferente do remédio - um placebo, um dos dois medicamentes que formam a nova pílula, uma ou duas doses da BGC20-0166 diariamente durante 28 dias.
Os cientistas então mediram a frequência e a severidade das pausas na respiração ocorridas durante o sono dos pacientes.
Os testes revelaram que uma alta dose da nova pílula reduziu os sintomas da apnéia do sono em 40%, e os pacientes não tiveram nenhum efeito colateral aparente. Três dos dez pacientes que estavam no grupo que recebeu uma alta dose do medicamento tiveram uma redução de 50% dos sintomas.

Testes

"Os testes demonstram que a nova pílula tem um potencial para reduzir ou normalizar os sintomas da apnéia do sono, mas mais testes ainda serão necessários", disse Thomas Roth, diretor do Centro de Pesquisa de Distúrbios do Sono do Hospital Henry Ford e conselheiro da BTG.
Atualmente, não existe um remédio que consiga, sozinho, reduzir os sintomas da doença e, consequentemente, levar a uma redução do ronco.
Normalmente, pacientes são aconselhados a usar uma máscara durante a noite para ajudar na respiração.
O ronco é apenas um dos sintomas da apnéia do sono. A doença também está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão e infarto do miocárdio, irritabilidade e fadiga diurna excessiva, entre outros.

sábado, 12 de abril de 2008

Nova geração de remédios melhora vida de pacientes com Parkinson


Esta sexta-feira (11) é o Dia Mundial da Doença de Parkinson, uma enfermidade que segue tão misteriosa, sem causa ou cura conhecidas, desde que foi descoberta, há 191 anos, pelo médico James Parkinson. Apesar disso, uma nova classe de medicamentos está melhorando a vida dos pacientes que convivem com a doença -– controlando os sintomas por mais tempo e de forma mais efetiva.
O mal de Parkinson é uma doença que degenera os neurônios, a segunda mais comum desse tipo, depois do mal de Alzheimer. Ao destruir a produção de dopamina no cérebro, a enfermidade causa tremores, rigidez, dificuldade de movimento e, em casos mais graves, problemas no processamento cognitivo. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 3% da população com mais de 65 anos possui a doença –- mais de quatro milhões em todo o mundo. Com o aumento da expectativa e das condições de vida em todo o mundo, acredita-se que esse número vá dobrar até 2040.
Até hoje, a causa do mal de Parkinson é desconhecida. Os médicos fazem o diagnóstico baseados nos sintomas e no histórico médico do paciente. Embora alguns exames, como o PET scan, possam ajudar, não há um exame específico capaz de detectar a doença. “Não existe um marcador do mal de Parkinson que os médicos possam olhar e dizer: esta pessoa tem a doença”, explicou ao G1, o neurologista Alexandre Machado, do Departamento dos Distúrbios do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia.
Da mesma maneira, o tratamento é feito apenas em cima dos sintomas, porque os médicos não sabem como parar a degeneração de neurônios. Na verdade, a falta de um marcador específico da doença dificulta até mesmo saber se existe algum remédio que reverta a doença em si, e não apenas os sintomas. “Baseamos a avaliação do sucesso da medicação no controle dos sintomas, mas sem um marcador não sabemos se apenas os sintomas estão sendo melhorados ou se o remédio está agindo de fato nas causas, desconhecidas, da doença”, afirma Machado.
A medicação mais usada e mais eficaz contra o mal de Parkinson é a levodopa, utilizada desde os anos 1960. Mas uma nova classe de remédios que chegaram ao mercado nos últimos anos consegue potencializar o efeito da levodopa, explica o médico. “Esses tratamentos controlam melhor os sintomas, por mais tempo”, diz ele. Em casos específicos, é possível também fazer uma cirurgia, mas que, como os remédios, também apenas controla os sintomas da doença. Durante o procedimento, o cirurgião faz uma lesão em uma área do cérebro. Por motivos desconhecidos, a técnica reverte um pouco o quadro sintomático, mas não impede a progressão da degeneração

Especialistas alertam para crescimento de casos de mal Parkinson


Com o passar do tempo a população aumentou a sua espectativa de vida,assim se tornando uma população de idosos,mais com isso veio se desenvolvendo doenças que afetam mais essa faxa etaria.
O mal d Parkinson e hoje considerado uma dos grandes males da humanidade, sendo assim o que seria melhor, envelhercermos e sofremos de de doenças que veriam com o tempo ou morrer novos e perdermos uma grande possibilidade de fazer coisas inesqueciveis.
Eu particularmente acredito que envelhecer com saude e um pouco dificil por causa da vida sedentaria que levamos, mais se nos cuidarmos não vai precisar de nenhum especialista se preocupar da saude publica que hoje em dia e uma calamidade e que não suporta a quntidade de pessoas que a procuram seja para atender os casos de Parkinson ou não.

O governo se declarou....


Governo declara droga antiaids de interesse público para evitar patente
Tenofovir é um dos mais caros do coquetel; há 1 ano, decreto inédito permitiu comprade genérico do Efavirenz
Lígia Formenti e Fabiane Leite
O Ministério da Saúde declarou de interesse público o anti-retroviral Tenofovir, um dos mais caros e importantes medicamentos usados pelo Programa Nacional de DST-Aids. Com a medida, o governo quer apressar a análise de processo de patente do remédio, que há anos se arrasta no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
A expectativa é que o registro de patente seja negado por causa da decisão dos Estados Unidos - o que, na prática, abre espaço para o governo atuar em duas frentes: comprar genéricos de outros fabricantes e iniciar a produção nacional do medicamento. Produzido pela empresa Gilead, o Tenofovir hoje é usado por 30 mil pacientes no Brasil. O tratamento de cada um custa US$ 1.387 por ano. O remédio, sozinho, é responsável por 10% dos gastos com remédios do programa de aids.
No ano passado, também no mês de abril, o Brasil declarou de interesse público o Efavirenz, anti-retroviral fabricado pela Merck. Naquele caso, no entanto, a medida representava o passo inicial para a quebra de patente. Agora, o direito de propriedade não foi reconhecido formalmente e o processo é um pouco diferente. 'Mas, na prática, a intenção é a mesma', disse o diretor da Farmanguinhos, Eduardo Costa.
Embora a patente não tenha sido concedida, o Brasil age como tal. 'É praxe. Quando é feito o depósito de patente, o País passa a respeitar essa expectativa de direito. É assim até o processo ser analisado', afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães.

INOVAÇÃO EM DÚVIDA
Ao longo destes anos, no entanto, alguns problemas foram se acumulando. No meio científico, houve contestações sobre as inovações da molécula usada na fabricação do Tenofovir.
A Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, argumentou que o medicamento não reunia os requisitos necessários para concessão da patente. 'A molécula já era conhecida, não houve inventividade. Portanto, não há condições necessárias para que a patente seja concedida', garantiu Eduardo Costa. Além disso, ao longo destes anos a Gilead concedeu a licença voluntária para produção do remédio na África e na Índia. 'Mas a empresa impôs uma cláusula, que impede esses fabricantes de vender o Tenofovir ao Brasil', disse Guimarães.

PRECEDENTE NOS EUA
Há cerca de um mês, uma decisão nos Estados Unidos derrubando a patente do medicamento - por ele não apresentar inovações - acabou reforçando os argumentos para apressar, no Brasil, a análise da patente. 'O INPI afirmou que somente poderia analisar o processo em caráter de urgência se o interesse público fosse decretado. Passada esta etapa, estou convicto de que em breve teremos uma decisão sobre o assunto', disse Guimarães. O secretário descartou a possibilidade de o INPI reconhecer os direitos da Gilead sobre o Tenofovir. 'Se o escritório tão rigoroso como o dos Estados Unidos reconheceu a falta de inventividade do produto, não vai ficar bem o INPI decidir o contrário.'
Guimarães disse que, com a recusa da patente para o Tenofovir, o Brasil ficará desobrigado de cumprir até o fim o contrato firmado com a empresa, que prevê entrega do remédio até maio de 2009. De acordo com ele, versões genéricas custam bem menos do que o produzido pela Gilead. O tratamento indiano custa US$ 170 por paciente ao ano.
O laboratório Gillead, que no Brasil tem como representante a United Medical, informou que só deverá se manifestar hoje sobre a decisão. No entanto, destacou em comunicado da matriz norte-americana que a decisão sobre as patentes nos EUA não foi definitiva e que a empresa está recorrendo. O laboratório destacou ainda já ter encaminhado provas de que o Tenofovir representou uma inovação. A Interfarma, entidade que representa a indústria farmacêutica de pesquisa no País, declarou que a medida do governo 'é um movimento legal' para acelerar análise de patente pelo INPI. A entidade, apesar de não ter a Gillead entre as associadas no Brasil, já tinha conseguido acesso ao decreto ministerial ontem por ser de interesse de todo o setor. 'Não tem nada a ver com licença compulsória', enfatizou Gabriel Tannus, presidente da Interfarma. Ele prevê que, como a patente não foi reconhecida nos EUA, também não deverá ser aqui. 'Fatalmente o medicamento deixará de ter patente.'
ONGs que lutam pelos direitos das pessoas que vivem com o HIV e o laboratório público Farmanguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, lutam desde 2006 para que o País não conceda patente ao Tenofovir. Até ontem, no entanto, elas não tinham sido informadas sobre a decisão. 'Se for isto, é algo muito animador', disse Gabriela Chaves, do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da Rede Brasileira pela Integração dos Povos. Chaves diz que a legislação dá prioridade na avaliação, pelo INPI, de pedidos de patentes de produtos que, por ato do Executivo, sejam declarados de interesse público. Anteontem o INPI deu 90 dias à Gillead para apresentar explicação sobre o pedido de patente.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

novas regras

Regras para anorexígenos começam a valer

Entrou em vigor nesta quinta-feira (03) a RDC 58, que estabelece critérios ainda mais rígidos para a prescrição e comercialização de anorexígenos (moderadores de apetite). A principal mudança é um novo tipo de receita médica, criado especificamente para estes medicamentos. A prescrição e a dispensação (entrega ao paciente) de medicamentos ou fórmulas que contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas ficam sujeitas à notificação de receita do tipo “B2”. A receita, de cor azul, terá validade máxima de 30 dias.

Outras mudanças

Os medicamentos ou fórmulas com finalidade exclusiva de tratamento da obesidade deverão respeitar a dose máxima diária recomendada conforme a resolução. A dose de medicamentos à base de femproporex, por exemplo, não deverá ultrapassar os 50,0 mg/dia.
Ficam proibidos os medicamentos que contenham substâncias anorexígenas associadas entre si ou com ansiolíticos, antidepressivos, diuréticos, hormônios e laxantes.
O descumprimento das novas exigências fica sujeito às sanções da lei 6437/77. A lei estabelece penalidades que chegam até à interdição do estabelecimento e multas que variam entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão. Ao farmacêutico responsável pelo estabelecimento também cabem as sanções do conselho profissional competente.

Informação: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa